É Proibido Fumar
Direção: Anna Muylaert
Duração: 85 min.
Gênero: Romance; Comédia
Elenco: Glória Pires (Baby); Paulo Miklos (Max); Marisa Orth (Pop); André Abujamra (Pablo); Paulo César Peréio (Zé Tadeu); Antonio Abujamra (Pepe).
Baby é uma professora de violão, romântica e solitária, que deseja ardentemente viver uma grande paixão. Com a mudança de Max, um músico de bar recém-separado, para o apartamento contíguo ao seu, Baby tem a chance de realizar seu sonho. Para conquistar o amor, ela faz um grande sacrifício e abandona seu antigo companheiro, o cigarro. Quando o amor parece finalmente ter acontecido em sua vida, Baby descobre que está sendo traída. Em meio à decepção e uma forte crise de abstinência de nicotina, ela entra em um espiral de ciúmes que a levará a conhecer os lados mais sombrios de seu coração.
Glória Pires, Paulo Miklos, Marisa Orth, Os Abujamra... Para um elenco desse calibre, era merecida uma estória mais aprumada e interessante. A Glória faz o papel de Baby (o nome diz tudo), uma professora de violão fumante recalcada, que vive em outro planeta (só pode!), que briga com as irmãs por um sofá velho, e que, de tão desesperada por um homem, ela cai matando em cima do primeiro Mané que aparece na sua frente, que é por acaso o Max (Paulo Miklos). E este, por sua vez, é um músico medíocre de churrascaria, que não vai chegar a lugar algum na sua vida medíocre, e que se acha a “bala que matou Kennedy”, pois dá uns pegas na mala da vizinha (Baby), usando-a de faxineira, enquanto espera que sua amada modelo ex-mulher, volte para sua vida chinfrim.
Eu devo ter mais problemas do que realmente imagino ter. Só pode. Porque somente eu, na face da terra, não gostei desse filme. A Glória Pires é excepcional, ela pode fazer até o papel de um vaso que ela será o melhor vaso da filmagem. Uma estrela é assim. O Paulo Miklos, além de ser um músico incrível, já tem (segundo a Wikipédia) 4 filmes no currículo e várias participações na TV, mas nesse filme, não colou. Não sei. Eu realmente devo ter problemas. Não estou aqui para defender ninguém ou criticar. Assisto a tudo o que me interessa e escrevo exatamente o que penso ou sinto, independente de ser “cabeça” ou não. Minha política sempre foi “Johnnie Walker + Activia”. Eu sou uma pessoa comum, que apesar de gostar de filmes românticos, assiste a tudo sem preconceitos, mas eu d-e-t-e-s-t-e-i esse filme. E não é porque é nacional, pois tem muitos que adoro, por exemplo: Muito Gelo e Dois Dedos D'Água; O Auto da Compadecida; Meu tio matou um cara, Cidade de Deus e por aí vai. Mas, sabe aquela história que parece interessante, começa interessante e morre na praia? Pois é, senti um vazio terrível de “o que é que eu tenho haver com isso?”, “como assim?” quando o filme terminou. Pode ser que eu tenha algum tipo de problema na minha humilde inteligência, e que o filme seja “cabeça” demais para o meu humilde cérebro (com dois neurônio – o Tico e o Teco), mas não rola. A impressão que tive, é que o filme foi feito na década de 70, e por lá ficou e morreu.
Outra coisa que não gostei... No início do filme vem uma idéia de que o cigarro é o companheiro da solidão, que é totalmente esquecida no decorrer da estória e o “É Proibido Fumar” não passou de mais um título bonitinho entregue ao vazio.
O que me fez ir até o fim? O excelente elenco. A Glória segura o filme de ponta a ponta, o Paulo Miklos foi bem, apesar de ter sido pessimamente explorado, a Mariza Orth dá um banho na sua ponta e por aí vai... Mas a Pitty, que desnecessário. E ainda vi gente dizendo que a atuação dela foi incrível. Pelo amor de meus filhinhos! Que atuação? Caramba! Ela mal fala. E o que foi aquilo? Enchimento de lingüiça? Só pode. Nada explica. Bem, deixa pra lá.
Com muita coisa boa e interessante aparecendo no cinema nacional, essa foi uma grande decepção para mim. Quando alguém colocar o DVD, pode fugir da sala, diz que vai comprar cigarro, eu recomendo!
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