O Ritual (The Rite)
Direção: Mikael Håfström
Duração: 114 min.
Gênero: Drama; Terror; Suspense.
Elenco: Anthony Hopkins (Padre Lucas Trevant); Colin O'Donoghue (Michael Kovak); Alice Braga (Angeline); Ciarán Hinds (Padre Xavier); Toby Jones (Padre Matthew); Rutger Hauer (Istvan Kovak); Marta Gastini (Rosaria).
Muito já se falou sobre esse tema e a melhor produção já feita em todos os tempos continua sendo o clássico “O Exorcista”, de 1973. Mas “O Ritual” tem seus méritos.
Este não é um filme de terror, cheio de sustos, vômitos e sangue. [Se você gosta disso, passe longe. Essa não é sua praia.] É um excelente suspense, tenso e dramático, sobre a fé, seus questionamentos e sua religiosidade.
Kovak não acredita no demônio e tem certeza que tudo o que ele vê são apenas problemas psicológicos, e que é preciso saber diferenciar possessão de doença mental. Mas todas as suas teorias e sua falta de fé são testadas a partir do momento em que ele se envolve nos rituais de exorcismo do padre Lucas (Anthony Hopkins). E este, por sua vez, toma a cena do filme. Anthony Hopkins, como há muito não se via, dá um encanto maligno ao seu personagem. Podemos ver de volta o velho olhar psicótico do Dr. Hannibal Lecter, e todo o cinismo que só ele (e Jack Nicholson) tem. Creio que ele estava certo ao dizer que foi um dos melhores filmes que ele fez nos últimos tempos.
Contamos ainda com a sutil participação de Ciarán Hinds (Captain Frederick Wentworth de Persuasão – Jane Austen) e Rutger Hauer (o eterno replicante louraço Roy Batt de Blade Runner). E temos ainda a Alice Braga, que na verdade seu papel seria o de Matt Baglio(*), a jornalista que busca uma história real sobre exorcismo, nada demais. O lado mais fraco do filme se deve ao seu protagonista Colin O’Donoghue, pois seu Michael Kovak é tão descrente e insosso que você fica na certeza que não crê em nada do que ele faz.
Um detalhe: a cena em que Padre Lucas atende ao celular em meio a um exorcismo, é demais, exagerada, mas engraçada. Ajuda a quebrar um pouco a tensão do filme.
Apesar de ter um tema já muito batido, "O Ritual" nos envolve e seduz de uma maneira simples e ao mesmo tempo, intensa. Não há grandes sustos ou cenas terríveis, e isso dá o tom de veracidade da história. Eu recomendo para quem gosta de um bom drama com uma pitada de suspense. Vale conferir.
(*) O Ritual foi inspirado no livro The Making of a Modern Exorcist de Matt Baglio.
Adorei a resenha Cris. Gosto muito de filmes nesse estilo, Hopkins é ótimo e mal posso esperar que chegue em dvd pra conferir.
ResponderExcluirFilmes sobre exorcismo e possessão temos aos montes, mas que valem a pena ser vistos, são poucos!
Beijos e obrigada pela dica!
Sandra
http://apenasumavez.wordpress.com