terça-feira, 8 de março de 2011

1340 - este é o ano onde tudo começou...

Julieta (Juliaeta)

Julieta Ano: 2010

Autor: Anne Fortier

Editora: Sextante Ficção

Brochura – 23 x 16 cm

1ª Edição – 448 pág.

Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro. Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente - seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena. Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos - um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando..”

Tudo que parece ser, mas não é. Essa é a máxima para esta estória. Um romance, uma aventura, crimes, vilões e mocinhas indefesas (nem tanto assim). Uma mistureba de coisas que deu certo. Julieta é um livro bem “seção da tarde”, gostoso de ler, leve, divertido e romântico. Tem uma história por trás da história, e esta se confunde com a obra de Shakespeare, sendo mais realista e cruel. E é aí que o livro fascina. Imaginar que os famosos amantes de Verona, existiram em Siena e conhecer um pouco mais sobre a história do Palio (a disputa tradicional e não o carro!) é encantador.

Eu, na verdade, nunca fui muito fã de Romeu e Julieta. Desculpe-me os fãs ardorosos de Shakespeare, mas essa de final dolorosamente infeliz, onde um finge que morreu e o outro pensando que seu objeto de amor está morto, se mata e o objeto amado acorda e vê morto seu amor e depois se mata – me poupe - com os dois amantes morrendo e depois de tudo o que eles passaram para ficarem juntos? NÃO!!! Corta essa. Não gosto e nunca gostei. I’m sorry! Se é para sofrer muito, e de morte trapalhada, estou fora. OUT! Mas Anne Fortier nos presenteou com uma nova leitura desta obra que arrasta fãs em todo o mundo (o que não é o meu caso). Neste livro, Romeu e Julieta existiram e morreram, mas não uma morte trapalhada, mas uma morte honrosa e dolorosa, gerada por uma seqüência de fatos que influenciaram o trágico desfecho. E a conseqüência dessas mortes reflete na vida de todos que participaram direta ou indiretamente da história, seja no passado (1340) ou nos dias de hoje.

Posso até está cometendo uma heresia, mas gostei mais dessa versão da Anne Fortier do que da obra original.

Independente do que penso, Romeu e Julieta é um clássico, um marco na história das obras de Shakespeare. E creio que, Anne Fortier, ao criar esta nova visão deste importante romance, prestou uma belíssima homenagem. Vale conferir.Interessante

Um comentário:

  1. Sempre fui apaixonada pela história de Shakespeare. Livro e Filmes. E que bom saber que a história do livro é uma releitura, mesmo que um pouco diferente.

    Quando vi esse livro, fiquei encantada pela capa. Sou muito de me apaixonar pela capa. Geralmente dá certo e o conteúdo também está de acordo com o visual! ;)

    Já está na minha lista!
    beijos

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