Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love)
Direção: Ryan Murphy
Roteiro: Ryan Murphy e Jennifer Salt (baseado na obra de Elizabeth Gilbert)
Duração: 133 min.
Gênero: Romance; Drama
Elenco: Julia Roberts (Liz Gilbert); I. Gusti Ayu Puspawati (Nyomo); Hadi Subiyanto (Ketut Liyer); Richard Jenkins (Richard from Texas); Billy Crudup (Stephen); Viola Davis (Delia Shiraz); A. Jay Radcliff (Andre); Mike O'Malley (Andy Shiraz); James Franco (David Piccolo); Javier Bardem (Felipe); Christine Hakim (Wayan Nuriasih); Anakia Lapae (Tutti); Arlene Tur (Armenia); David Lyons (Ian); T.J. Power (Leon); Tuva Novotny (Sofi); Luca Argentero (Giovanni); Giuseppe Gandini (Luca Spaghetti); Elena Arvigo (Maria); Andrea Di Stefano (Giulio); Lidia Biondi (Ruffina) ; Emma Brunetti (Paola); Chiara Brunetti (Claudia); Rushita Singh (Tulsi); Ritvik Tyagi (Madhu); Micky Dhamejani (Rijul).
Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter – um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida – ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia, e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.
Muita gente baixou o sarrafo neste filme, mas eu, particularmente gostei. Ainda não li o livro, mas com toda certeza vou lê-lo muito em breve.
Uma coisa que os homens não entendem é que, chega um momento na vida da mulher que ela começa a questionar todo o seu modo de vida e sua existência, e isso acontece, geralmente, entre os 30/40 e poucos anos.
Quantas de nós já não agiram como Liz Gilbert, e chutaram o pau da barraca no meio de um relacionamento fadado a monotonia e a chatice, que não se acomodaram com a mesmice e deram um basta, um cansei, nisso tudo? Várias! Atire a primeira pedra quem nunca fez isso. Seja no amor, com a família, com os amigos ou até mesmo no trabalha, chega uma hora que a necessidade de mover-se e mudar é muito maior que a segurança medíocre do comodismo. Aí você explode e se rebela! Adoro isso! É preciso se renovar de tempos em tempos. Trocar a pele como cobras, para poder viver, respirar e sentir coisas novas. E esse filme especificamente fala sobre isso...
Muita gente atacou o filme por ser cheio de jargões, mas ele é lindo assim. Tolinho, bobinho e romântico. Isso é filme para mulherzinha, bem “Julia”, “Sabrina”, “Bianca”. Não é filme para marmanjo Ultimate Fighting; tem um monte de filme de porrada por aí para vocês assistirem e criticarem à seu bel prazer. Mas nessa praia, coisa de “meninas”, vocês não sabem nada. E nem adianta vir com papo cabeça.
A história é muito fofa, a fotografia é excepcional – babei com todas as imagens de Roma – veramente bella – e as comidas, meu Deus! “Comer”! Delícia! Muitos italianos se ofenderam com a imagem caricata retratada pelo diretor, mas essa é a imagem que o mundo tem deles, feita por Hollywood desde “Candelabro Italiano”. Uma certeza: que toda aquela italianada sabe viver bem, numa cidade linda e comem melhor ainda. As imagens das comidas nos dão apetite só de olhar. Hummmmm.... Fome!
Da bela Itália ela segue para a Índia (nada no mundo me faz pensar em querer ir em um lugar como aquele), para um retiro espiritual onde faz trabalho voluntário, novos amigos e aprende sobre seu eu interior, meditação e cultura local. Apesar da parte “Rezar” ser tremendamente importante para a busca pessoal de Liz, eu me vi distante do filme nesse momento, achei até monótono. Talvez seja porque eu não gosto do lugar.
E daí, ela volta para Bali, para buscar seu equilíbrio e encontrar o personagem mais figuraça do filme, que é o curandeiro e guia espiritual Ketut Liyer (Hadi Subiyanto), uma mistura de velhinho banguela simpático com canastrão enrolador de turistas bobocas. Mas ele, por sua vez, acaba encaminhando Liz para o seu “attraversiamo” onde ela descobre como “Amar”, apesar do medo e da perda do seu tão precioso equilíbrio.
“As vezes, perder o equilíbrio por amor faz parte de viver a vida em equilíbrio.”
Uma outra coisa que achei encantadora é o comentário do filho de Felipe (Javier Bardem) que fala de como as vezes ele ficava com vergonha quando o pai chegava e dava bicota nele e seus amigos ficavam zoando, mas essa demonstração de carinho fazia o seu pai alegre, então ele desistiu de pedi-lo para parar. Me vi como o pai, pois sou muito afetuosa com minha filha que, ela mesma já me disse que tem hora que eu a sufoco. Coisas de mãe bobona e melosa! Os filhos, para pais assim (como eu), nunca crescem, mesmo já sendo adultos, olhamos para eles e vemos sempre um “bichinho” de 12 anos...
E por falar em Javier Bardem, ele está másculo e sexy como o brasileiro Felipe, que de brasileiro não tem nada, só a bossa nova no fundo musical, mas tudo bem. É filme fofo, deixa passar.
Nunca fui muito fã da Julia Roberts (pura inveja! Ela pegou o Richard Gere em “Uma Linda Mulher!”), mas ela está lindíssima neste filme. E com a combinação de uma fotografia espetacular, pode-se dizer que em alguns momentos ela está divina!
E para finalizar fica a lição de que para nossa felicidade completa é necessário darmos a mão a quem precisa, que devemos olhar para o próximo com compaixão e sermos solidários, que o mundo foi feito para ser desbravado com coragem e que verdadeiros amigos, a gente conquista para todo o sempre. E Deus, em sua magnitude, nos mostra que o amor é sempre possível, basta estarmos aberto a ele. E que comer bem é sinal de felicidade e não de gordura!
Se você não gostou da história e ainda assim vai encarar essa película, bem, aproveite as belas imagens, tem cada lugar incrível! E a trilha sonora também é muito boa.
No geral, eu amei! Recomendo. Quero ler o livro. Tenho que ler o livro. Preciso ler o livro!!!
Bem, quero assistir o filme, mas li o livro e não gostei tanto assim. Na verdade, não gostei exatamente na parte Amar, rs...achei um pouco monótono e até forçado. Não sei como ficou no filme, mas desde que vi o trailer antes do lançamento nos cinemas, tive vontade de ver, mesmo contrariando a ideia de que se o livro não agradou o filme muito menos...simpatizei pelo poster, além de parte da história se passar na Itália (meu novo sonho) rs...ainda aposto que gostarei! ;)
ResponderExcluirbeijos