Ondine
Ano: 2009
Direção: Neil Jordan
Duração: 111 min.
Gênero: Drama, Romance
Elenco: Colin Farrell (Syracuse); Alicja Bachleda (Ondine); Stephen Rea (Padre); Tony Curran (Alex); Emil Hostina (Vladic); Dervla Kirwan (Maura); Alison Barry (Annie).
Para quem gosta das lendas e do folclore irlandês, Ondine é um prato cheio. Esta é a estória de Syracuse (Colin Farrell), um pescador azarado e ex-pinguço que tem sua vida transformada após “pescar” literalmente uma mulher em sua rede. Esta, por sua vez, faz mistério de quem é, e apresenta-se como Ondine (que significa ninfa da água). Syracure tem um grande amor que é sua filha Annie (a ferinha estreante Alison Barry), que sofre de uma doença renal e que se encanta com Ondine - interpretada pela atriz polonesa Alicja Bachleda) - e passa acreditar que a mulher na verdade é uma selkie, um ser da mitologia celta, que pode conceder desejos e trazer sorte. Pai e filha começam a acreditar na fantasia após estranhos acontecimentos que coincidem realidade com ficção. Mas, como em todo conto de fadas, nem tudo são flores, logo o lado negro da coisa vai aparecer e toda felicidade pode desmoronar a qualquer momento.
É um filme interessante, mas para mim, o Colin Farrel estava no papel errado, na hora errada, no filme errado. Ele não passa de um tremendo canastrão querendo fazer papel de santo. Não rola! O lugar do Colin Farrel é em filmes de ação, por mais irlandês que ele seja, por mais fofo que ele possa parecer, ele não passa a credibilidade que o personagem precisa, ele não seduz. Posso até está sendo injusta, mas esse foi o ponto fraco do filme. A Alicja Bachleda, ao contrário do seu parceiro, é meiga, mágica, linda, e docilmente fascinante, como sua personagem ela é quase tão etérea como só uma ninfa pode ser. A química entre eles (Alicja e Colin) funciona, mas não me encanta. Já a menina – Alison Barry – me lembrou um pouco a Dakota Fanning, mas mais chatinha, apesar do banho de atuação. E como é um filme irlandês, do Neil Jordan ainda mais, tinha que ter Stephen Rea, como o bom padre conselheiro.
A trilha sonora é um caso a parte, porque quando você vê a costa irlandesa, com aquele mar bravo, os penhascos, o vento forte, ao fundo um som viajante e ao mesmo tempo envolvente, não tem como não ficar fascinado. A música te transporta, te seduz e encanta. Temos belas canções de Sigur Rós. O visual é lindo, a trilha sonora é perfeita. É um filme que vale conferir, sem muitas expectativas, mas um belo conto irlandês.
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