O Pedido (Guzaarish / The Request)
Direção: Sanjay Leela Bhansali
Duração: 135 min.
Gênero: Drama.
Elenco: Hrithik Roshan (Ethan Mascarenhas); Aishwarya Rai (Sofia D'Souza); Patel Shernaz (Devyani Dutta); Ali Nafisa (Isabel Mascarenhas/mãe de Ethan); Aditya Kapoor Roy (Omar Siddique); Suhel Seth (Dr. Nayak).
Vou logo dizendo, sou um pouco preconceituosa com filmes produzidos na Índia, pois penso logo nas dancinhas. Graças aos bons gurus, este não é o caso desse belíssimo filme de amor. Um drama sofrido, daqueles de encher baldes de lágrimas, mas de um amor tão forte que não dá para não se envolver.
“Guzaarish” nos conta a história do mágico Ethan Mascarenhas, que sofreu um “acidente” e ficou tetraplégico e, após 14 anos preso a uma cama, resolve que está na hora de dar um basta em sua vida. Ele procura uma forma legal de conseguir uma autorização para fazer sua eutanásia. Como em vários países do mundo, na Índia também é proibida a eutanásia. Entre a batalha judicial que envolve este processo, há toda uma história de amor por traz deste drama. Ethan não está só, pois tem sua melhor amiga e advogada Devyani; tem Omar Siddique, um jovem aprendiz de mágico, discípulo de Ethan; e tem Sofia, sua fiel e dedicada enfermeira há 12 anos; entre outros amigos e personagens que se desenvolvem no decorrer da história.
Onde está o encantamento desse drama? Na relação entre Ethan e Sofia. Ele precisando morrer, pois não aguenta mais sua maneira de viver, apesar de que, durante estes 14 anos como tetraplégico, ele ajudou com apoio e incentivos outras pessoas que sofrem como ele. E ela, com toda sua compaixão e um amor tão profundo por Ethan, sofrendo por compreender que é necessário aceitar a dor e deixá-lo morrer.
“Guzaarish” nos ensina sobre um amor incondicional e a liberdade de escolher o direito sobre seu próprio corpo. Uma das principais questões que você fica se perguntando durante todo o filme é: eles estão sendo maus amigos por não ajudá-lo a terminar com a sua vida ou, o amor é tão grande que você faria qualquer coisa para ajudá-lo a acabar com o sofrimento? Não é uma pergunta fácil de responder. Deixar o ser amado partir sem lutar nunca é, e nunca será fácil. Até onde pode chegar o nosso amor por alguém? Você é capaz?
Outra coisa que eu senti e pensei ao ver este filme: como Alberto Caeiro dizia “Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é”. O momento de nossa morte deveria ser uma tremenda festa, não choro e luto. Deveria ser uma reunião de amigos e familiares com boas lembranças, muito riso e alegria. Morrer é nascer em uma outra vida.
Uma história profunda, comovente, irresistível. A química perfeita entre os personagens é visível e envolvente. Fiquei encantada com os belos olhos verdes de Hrithik Roshan e com sua personalidade forte e temperamental; e não há como não ser seduzido pela belíssima miss/modelo/atriz indiana Aishwarya Ray - pense numa mulher bonita (queria eu ser assim). Eu mais que recomendo e preparem o balde para a cena final.
Gosto muito dos filmes que fogem do círculo hollywoodiano. Não tenho preconceitos, não! ;P
ResponderExcluirParece ser ótimo, vou adicionar à minha lista, quem sabe consigo assistir!
beijos e obrigada pela dica!
Sandra
http://apenasumavez.wordpress.com
Por uma incrível coincidência assisti este filme mês passado. Baixei da internet e confesso que também gostei muito. Inclusive das cenas de dança (risos) de uma placidade muito peculiar dos indianos.
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Vou ser assíduo leitor.